Dando continuidade a realização de suas reuniões científicas, a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia (SBC/BA) promoveu no último dia 25, às 19h, via zoom, mais um encontro, com a participação dos cardiologistas Emerson Porto, coordenador da Unidade de Pronto Atendimento e UTI Cardiológica da Fundação Bahiana de Cardiologia (FBC) e Carlos Eduardo Gordilho Santos (PE), integrante da clínica INTERVENCOR. O evento foi patrocinado pela Medicicor.
A primeira aula foi ministrada pelo cardiologista Emerson Porto, que falou sobre o tema “Hipertensão Arterial Resistente e Refratária. Como investigar e tratar em 2021?”. Segundo o cardiologista, a HAS resistente apresenta uma prevalência de 10 a 30%. Contudo, a maioria dos pacientes se encontra com a PA elevada por não adesão ao tratamento e/ou efeito do jaleco branco (ele é hipertenso, mas a PA fica mais alta na consulta e normal em casa).
O especialista alertou que o médico “sempre deve estar atento às características individuais de cada paciente portador de hipertensão resistente e refratária, antes de optar pela mudança de qualquer tratamento que o mesmo esteja utilizando no momento”, informou.
A segunda aula foi ministrada pelo cardiologista intervencionista Carlos Eduardo Gordilho Santos que falou sobre “Denervação renal em 2021”. Para quem indicar e como realizar?”. Para o especialista a hipertensão “já é uma epidemia” e a escolha da denervação tem como objetivo melhorar o controle da doença, “pois estudos revelam que o método reduz a mortalidade em 13%”, informou.
Dr. Gordilho enfatizou que antes de qualquer decisão, o médico sempre deve aconselhar o doente a buscar uma melhora na qualidade de vida, evitando o sedentarismo, “além de confirmar a hipertensão resistente, avaliar os resultados do MAPA e certificar a condição do paciente refratário, ou seja, que utiliza de 5 a 7 classes de anti-hipertensivos”. O cardiologista ressaltou que todo esse cuidado é necessário, “pois existem também contraindicações para a denervação. É preciso salientar que a técnica não está associada à diminuição do uso de medicamentos, e sim a diminuição da pressão arterial”, explicou.
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