A hipertensão arterial é uma das principais causas de morte no Brasil. Resultados de pesquisas médicas revelam que cerca de 24% dos brasileiros com mais de 18 anos têm pressão alta. Para quem tem mais de 60 anos e menos de 65 a proporção chega a 47% e atinge pelo menos seis a cada dez pessoas com mais de 75 anos. Quando a hipertensão torna-se de difícil controle, ou seja, refratária, a situação piora. O problema é definido pela persistência dos níveis elevados da pressão arterial, mesmo com o uso de três classes de anti-hipertensivos. Como tratar esses pacientes foi o tema da reunião científica intitulada “Aula HAS resistente”, realizada no dia 02 de março, 20h, no restaurante Spettus, em Recife. O evento foi promovido pela Elevemed, em parceria com o Centro Cardiológico Ovídio Montenegro –CECOM e teve como palestrante o cardiologista clínico Marco Antônio de Melo Alves.
Diante da instabilidade do controle da hipertensão arterial refratária, uma das opções menos invasiva e efetiva para minimizar os efeitos e complicações tardias é a denervação renal, um procedimento realizado através de uma cauterização, por radiofrequência, dos nervos que envolvem as artérias renais.
Segundo o cardiologista Marco Antônio de Melo Alves o evento foi uma relevante oportunidade para debater o tema e apresentar aos participantes “o que temos de terapia mais atual no tratamento da hipertensão resistente e refratária, no que tange a possibilidade de intervenções, a exemplo da denervação renal”, ressaltou.
O palestrante alertou que “a denervação renal é um procedimento realizado para pacientes com hipertensão arterial refratária, na qual por um simples procedimento de ablação renal, conseguimos controlar e diminuir as oscilações da pressão arterial nestes grupos de pacientes”.
O cardiologista abordou também a utilização, durante o procedimento, do Sistema Symplicity para tratamento por radiofrequência, com cateter específico para os procedimentos de denervação simpática renal.
Escreva um comentário