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Denervação renal é tema de simpósio internacional apoiado pela Medicicor

O II Simpósio Internacional do Real Cardiologia – SINREC, evento que reuniu seis renomados especialistas internacionais e 12 nacionais, ocorreu entre os dias 3 e 4 de dezembro, no Real Hospital Português, em Recife (PE). A Medicicor foi uma das empresas patrocinadoras do evento que teve como público alvo estudantes de medicina e de outras áreas de saúde, médicos generalistas e cardiologistas. O simpósio ocorreu em duas modalidades: presencial e on-line e teve como organizadores os cardiologistas Maria Antonieta Albanez, Heitor Medeiros e Heitor Albanez Medeiros. A programação englobou palestras de médicos que são referências da cardiologia mundial. Na programação temas atuais e polêmicos a exemplo do Estado da Arte da HAS; da doença arterial coronariana; da doença cardíaca estrutural; Emergência Cardiológica; Importância da pesquisa clínica do cenário hospitalar; Cardiologia do Exercício, Doenças raras na Cardiologia, HAS refratária e resistente e Terapia de Denervação Renal: onde estamos? Segundo a cardiologista intervencionista e uma das coordenadoras científicas do evento, Maria Antonieta Albanez, a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelos altos níveis de pressão sanguínea nas artérias. É uma condição que faz com que o coração faça um esforço maior para que o sangue circule pelo corpo, “por isso o desenvolvimento de novas estratégias farmacológicas ou não para o controle da pressão arterial é de suma importância. A necessidade de um tratamento alternativo para a hipertensão resistente grave levou ao desenvolvimento da denervação renal por radiofrequência”, explicou a especialista. A cardiologista ressaltou que o tema foi um dos destaques da programação do evento, sendo apresentado pelo cardiologista venezuelano Humberto Casal, que informou que “o procedimento consiste em aplicar radiofrequência no lúmen das artérias renais, levando à ruptura térmica dos nervos simpáticos pós-ganglionares que inervam os rins”. A Medicicor dispõe em seu portfólio, os produtos relacionados a este tipo de procedimento.

Crioablação Focal foi realizada pela primeira vez em Belo Horizonte

O Hospital Vila da Serra, localizado na cidade de Nova Lima, região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), realizou na segunda quinzena de novembro o primeiro procedimento de Crioablação Focal (Tecnologia Exclusiva da Medtronic). O procedimento, então inédito no Brasil, já é padrão nos Estados Unidos. Estima-se que 2% da população sofra com fibrilação atrial. Até recentemente, o tratamento mais indicado – por oferecer mais segurança do que os medicamentos – era a ablação por radiofrequência, realizada por cateterismo. Apesar de disponível em alguns centros no Brasil, o procedimento é pouco usado principalmente por sua longa duração (cerca de cinco a seis horas). Já a crioablação de arritmia cardíaca, também realizada via cateterismo, oferece a correção do ritmo cardíaco cauterizando as veias por meio de um balão à temperatura de -50º C, num procedimento de no máximo 2,5 horas. O novo tratamento, mais simples e rápido, traz mais benefícios para o paciente: além da comodidade, está relacionado à menor taxa de complicações. Já nos pacientes pediátricos – nos quais não se usa o balão, apenas cateteres convencionais – a vantagem da crioablação é a reversibilidade da lesão, possibilitando ablações mais seguras em locais próximos ao sistema de condução, evitando bloqueio AV. Além dos benefícios para pacientes, a crioablação é também mais interessante para os centros cirúrgicos e para o médico, que poderá realizar outros procedimentos no mesmo dia.  A cirurgia foi realizada pelo médico Arritmologista e Eletrofisiologista Ricardo Augusto Baeta Scarpelli, que contou com o apoio do  Proctor em Crioablação Henrique Maia.  O procedimento de crioablação foi realizado em uma paciente com de 25 anos de idade, e foi um sucesso, pois a terapia aplicada reverteu à arritmia da paciente no primeiro pulso de aplicação. A paciente, após a cirurgia, foi para o quarto de internação e em pouco tempo recebeu alta hospitalar. A cirurgia foi realizada em curto período de tempo, 2 horas, com a paciente submetida à sedação e anestesia local. De acordo com o Coordenador do Serviço de Eletrofisiologia e Arritmias Cardíacas do Hospital Vila da Serra e membro do Corpo Clinico do Biocor Instituto e do Hospital Mater Dei, Ricardo Augusto Baêta Scarpelli. “a crioablação pode ser definida como uma tecnologia que garante segurança e qualidade assistencial a paciente e a equipe médica. Trabalho desde 2004 com essa tecnologia e estamos sempre estudando suas características, pois ela é muito efetiva no tratamento de arritmias cardíacas, diferente da radiofrequência que causa uma queimadura no tecido”, informou. O cardiologista destacou também, que a “crioablação realiza uma queimadura pelo congelamento do tecido, e por isso o médico conta com um tempo de reversibilidade, que permite modificar a posição do cateter, em certos casos de arritmias, o que é muito bom, pois nos permite realizar o procedimento com tranquilidade e segurança, principalmente quando o paciente for uma criança ou adolescente. Trata-se de um tratamento de vanguarda”, finalizou.